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GESTÃO DE CRISES E O IMPACTO FINANCEIRO NAS EMPRÊSAS
Publicado dia:30/03/2020
Fonte:

Gestão de Crise e o impacto financeiro nas empresas. 

Autor:Acadêmico Edson Cordeiro da Silva, Membro Titular Cátedra 50-ANE

A segurança e o bem-estar dos trabalhadores afetados pelo Covid-19 é a grande prioridade, mas as empresas também precisam se preocupar com outros itens essenciais, como a gestão financeira, a divulgação de informações e as comunicações com seus públicos-ao.

Em resposta ao Covid-19, as empresas estão desenvolvendo seus planos de contingência rapidamente. Algumas adaptam os lvplanos existentes para lidar com esse surto, enquanto outras começam do zero.

Para a sobrevivência e o sucesso de qualquer empresa, é fundamental que o fluxo de caixa apresente liquidez, com ou sem inflação ou recessão, de forma a cumprir com seus compromissos financeiros, e que suas operações tenham continuidade, pois, se a empresa tem liquidez, ela pode gerar lucro. A gestão dos fluxos financeiros é tão relevante quanto a capacidade de produção e de vendas da empresa.

O presente artigo aborda os principais aspectos para a elaboração e gerenciamento do fluxo de caixa de maneira objetiva, ressaltando a importância da qualidade da informação para projeção do fluxo de caixa centralizado. Dessa maneira, procura atender às necessidades que demandam os responsáveis pela área financeira da empresa. Também é dado destaque à diferença do conceito de lucro e geração de caixa, bem como aos cuidados na elaboração do cálculo para formação do preço de venda.


Considera-se também que os contextos econômicos modernos de concorrência de mercado exigem das empresas maior eficiência na gestão financeira, não cabendo indecisões e improvisações sobre as aplicações ou captações de recursos, quando necessário. 


Sabidamente, uma boa gestão de recursos financeiros reduz substancialmente a necessidade de capital de giro e alavancagem financeira, proporcionando maiores lucros com a redução das despesas financeiras. 


Se os fluxos de caixa são bem administrados, obtém-se maior segurança na utilização do capital de giro e do CAPEX. Essa é e deve ser a preocupação constante das empresas, pois os custos financeiros podem absorver valores significativos da sua receita operacional com impacto no EBITDA (potencial gerador de caixa, não é caixa). 


A preocupação com o fluxo de caixa não deve ser exclusiva das grandes empresas. As pequenas e médias empresas, bem como as empresas privadas ou estatais, independentemente do porte, também necessitam de um bom controle do fluxo de caixa operacional e o Fluxo de caixa Livre com a finalidade de atingir os seus objetivos de maneira adequada. Somente um sistema de fluxo de caixa bem gerenciado poderá dimensionar com segurança os custos e despesas fixas relevantes, impostos, folha de pagamento, capital de giro do negócio (estoques e contas a receber), investimentos CAPEX/OPEX e captação de recursos de forma eficiente (com baixo custo financeiro e prazo longo) e com harmonia entre produção, vendas e recebimento. Ou seja, o ciclo operacional e o ciclo de caixa da empresa devem estar devidamente alinhados.  


Um aspecto também muito importante em período de grande crises no mercado, temos que preservar o caixa no curto prazo para efeito de sobrevivência empresarial. Em época de grandes crises o lucro líquido virá em segundo plano, transitoriamente, porém é um elemento econômico muito importante e relevante da Demonstração de Resultado da companhia, que irá se transformar em caixa em função dos prazos médios de recebimentos das vendas no fluxo de caixa. 

Ou seja, O Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultados e o Fluxo Caixa da companhia, devem ser analisados sempre de forma combinada. 


Neste momento de crise também é importante como a empresa está sendo vista pelo mercado financeiro e pelos potenciais concorrentes quanto a avaliação e classificação de riscos (rating) e pelo seu Valuation (precificação dos ativos) no que se refere a eventuais demandas de merges and acquisitions.

 

Por essa razão, faço uma síntese no quadro abaixo das principais medidas financeiras que devem ser tomadas pelos empresários (conselho de administração e Diretoria executiva), através de um comitê de gestão de crises para efeito de implementação de forma rápida e objetiva de medidas para preservação do caixa em época de crises, de forma evitar a insolvência financeira da empresa no curto prazo.  


 

 

Gestão de Crise (coronavírus (COVID-19) e o impacto financeiro nas empresas (Quadro resumo) 



“Medidas para implementação na gestão de crise financeira”  










  • Medidas Financeiras. 

1.Aportes de capital próprio pelos Sócios (ou estudo de emissão de debêntures e ou commercial papers).

2. Aportes de capital de terceiros (Novos Sócios), Venture Capital, Private Equity e ou Fundos, etc. e soluções de M&A.

3. Empréstimos, Financiamentos e Linhas de créditos   especiais (compromissadas, rotativos, Swap, hedge, emp. sindicalizados etc.)  Com bancos públicos e privados no país e no exterior).

4. Desinvestimentos de ativos (gestão de Portfólio) e Parcerias Estratégicas.

5. Postergação legal de pagamento de dividendos/JCP.

6. Venda de créditos relevantes (ou dar em garantia) contidos em processos judiciais e análise de depósitos judiciais com alvará de levantamento.

7. Revisão do Plano Estratégico e de Negócios e Olho nos Potenciais Concorrentes.

8. Combinação de redução de dívidas(alavancagem) com administração de passivos (redução juros, custo médio da dívida e ampliação de prazos).

9. Negociação para eliminação de contingências (contencioso), passivos off-balance e postergação de recolhimento de tributos (sem multas e juros).

10. Otimização de capital de giro (inclui securitização, factoring de contas a receber, gestão de estoques, adequação do ciclo de caixa e negociação com fornecedores de bens e serviços e demais credores).

11. Negociação, otimização e redução de custos, despesas administrativas e gerais (folha, encargos e benefícios, etc.) e eliminação de desperdícios.

12. Perda de receitas - redução da inadimplência e revisão da política de crédito/financiamento.  

13. Suspensão ou Redução de investimentos CAPEX (e análise de OPEX) e avaliação da curva de produção.

14. Suspensão e ou postergação de pagamento de gratificações, promoções, Participações de lucros aos administradores e executivos.  


AUTOR: Acadêmico EDSON CORDEIRO DA SILVA - Membro Titular Cátedra 50 - ANE




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