O que é um Economista Chefe?

Ele entende as mudanças do mercado e da economia de forma local e global e busca relacionar as mudanças existentes com as atividades econômicas especificas da área em que atua. O Objetivo de um Economista Chefe é implementar estratégias que garantam a saúde financeira de uma indústria, comércio ou órgão público. Entre as principais atividades de um Economista Chefe estão a compreensão do cenário macroeconômico atual, e as oportunidades que podem surgir a partir daí; a definição dos melhores investimentos.

O perfil adequado para ser um Economista Chefe é ser Bacharel em Economia e uma experiência de pelo mesmo 5 anos na área. É fundamental ser proativo, versátil com vontade de se envolver, com habilidade de buscar e pesquisar novas informações. O seu nível de relação deve ser interno e externo,

No Guia de Carreiras, o economista é o profissional que se dedica a acompanhar acontecimentos econômicos no país e no mundo e, baseando-se em modelos estatísticos e teorias econômicas, faz previsões de impactos econômicos na população, indústrias, política, sociedade e meio ambiente. Entre as responsabilidades do economista, podemos citar elaboração de relatórios, orçamentos, estudos e análises, condução de pesquisas, orientação a investidores e criação de produtos financeiros. Nas empresas, esse profissional pode trabalhar em conjunto com especialistas em finanças e contabilidade, entre outros.

A função de economista é diferente da de Economista Chefe, este último possui uma função mais estratégica , enquanto que o economista uma função mais operacional. Os principais e maiores Bancos e Corretoras do Brasil possuem economistas chefe e que exercem papel fundamental no desempenho das empresas.

Também possuem a função de economista chefe entidades de classe, a exemplo da Confederação Nacional de Comércio e Confederação Nacional da Indústria que possuem um papel de realizar prognósticos da economia na perspectiva do segmento setorial que estão vinculados.

Cabe registrar que os Conselhos Regionais de Economia e o Conselho Federal de Economia, com sede em Brasília, que é uma autarquia responsável pela fiscalização profissional dos 230 mil economistas brasileiros. Cabe destacar que a profissão de Economista foi criada pela Lei nº 1.411/51, que regulamenta a profissão de Economista, e tem como atribuição assegurar o exercício legal e ético da profissão de economista e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do País.

Destaco ainda que existem diversas outras entidades nacionais que buscam promover a profissão do economista, citando mais temos a Academia Nacional de Economia que foi fundada em 1944, com a finalidade de promover ações que estimulem o progresso das ciências econômicas.  O objetivo da entidade é discutir e opinar sobre temas de relevância nacional, em especial os relacionados à sociedade e economia, e que contribuam de forma efetiva para o engrandecimento do Brasil.

Outra entidade que congrega economistas é a Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (ANPEC) é uma associação das instituições brasileiras que desenvolvem atividades de pesquisa e formação em nível de pós-graduação na área de economia, portanto de relevância para aqueles que desempenham a função de economista chefe nos diversos setores econômicos.

Assim entendo que a presença do Economista Chefe em grandes empresas e instituições para além de Bancos e Corretoras é fundamental para um maior alcance das metas que as empresas definem em seus planejamentos estratégicos, sendo um profissional competente e capaz de sinalizar os cenários mais próximos da realidade de cada área.

A valorização e presença de um Economista Chefe impõe credibilidade à empresa e auxilia para que os principais executivos possam tomar decisões com premissas mais adequadas dos cenários (local, regional, nacional e internacional).

Muitas funções específicas do economista a exemplo de estudos, análises e pareceres pertinentes a Macro e Micro Economia, em geral são supervisionadas pelo Economista Chefe da companhia e/ou entidade e instituição.

Percebe-se que a presença do Economista Chefe está mais forte no setor privado, em face de uma maior flexibilidade no processo de contratação e uma oferta de remuneração mais compatível com as atribuições e riscos da função. No setor público, em especial municipal e estadual, a presença do Economista Chefe ainda é pequena e incipiente, mas tende a crescer, pois as exigências de controle e sintonia com o mercado apontam para uma necessidade um profissional que possa prestar este tipo de assessoria para o setor público.

O Economista Chefe é um profissional que mídia, em especial a televisão tem procurado para opinar sobre ocorrências que possam afetar o futuro econômico de uma região e do país. Assim, a minha perspectiva é a de que deveremos ter um crescimento no número de profissionais que irão surgir desenvolvendo as funções e atribuições de um Economista Chefe e possivelmente ampliando as possibilidades de atuação do economista para além da execução de atividades como: elaboração de planos, projetos, programas, acordos e tratados; confecção de relatórios de contas nacionais, produto e rendas nacionais, renda familiar e per capta, análise de oferta e procura, análise de mercados, etc.

Que o Economista Chefe seja um profissional que possa auxiliar no desenvolvimento econômico do Brasil, inclusive sugerindo caminho de melhorias das externalidades negativas existentes e potencializando os diferenciais competitivos existentes nos territórios.

Autor:  Acadêmico Saumíneo da Silva Nascimento - Titular da Cátedra 192-ANE