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DISCURSO DE SAUDAÇÃO AOS 75 ANOS DA ANE
Publicado dia:24/09/2019
Fonte:

AGE de 12 de Setembro 

Discurso de saudação aos 75 anos da ANE proferido pela 

Acadêmica Paula Alexandra Canas de Paiva Nazareth - Cátedra 147


"Boa tarde, Exmo. Senhor Presidente, senhoras acadêmicas, senhores acadêmicos, confrades e confreiras, senhoras e senhores presentes.

É uma honra estar aqui hoje, participando dessa homenagem aos 75 anos da Academia Nacional de Economia. E me sinto ainda mais honrada pelo convite do nosso presidente, Acadêmico Arlindo Pereira da Silva, para proferir estas palavras. 

Quero começar falando do orgulho de integrar a Academia, de poder fazer parte dessa história e conviver com tantas pessoas importantes para a vida econômica e social e para a história do nosso país. Isto, em um ambiente em que vejo respeito pelo outro, em que se preza o conhecimento, a convivência com opiniões diferentes, em que se valoriza a democracia e a liberdade de pensamento e opinião. E nesse momento solene creio que é fundamental reconhecer e aplaudir o caráter democrático e plural da Academia Nacional de Economia; plural nas origens e formações diversas de seus integrantes, em seus respectivos temas de interesse e áreas do conhecimento. 

Essa diversidade é que possibilita que a nossa ANE cumpra com sua finalidade básica: concorrer para o progresso e desenvolvimento das Ciências Econômicas, Políticas e Sociais, por meio do estudo e da discussão dos assuntos concernentes aos seus fins, responder às autoridades e às instituições públicas e privadas sobre consultas formuladas, informar e reclamar providências de utilidade em relação à Sociedade e à Economia brasileira e, por extensão, mundial. E vejo como sendo da máxima utilidade, hoje, estudar e discutir nossas maiores mazelas, buscando superá-las. 

Nesse sentido, arrisco destacar como mais crítica, a distribuição desigual da renda e da riqueza entre pessoas, entre grupos sociais, entre regiões do país, entre os entes da federação, entre estados e municípios, que agravam a elevada desigualdade social e econômica, característica do Brasil. 

Essa triste marca é ainda mais aguda em nosso Estado e em nossa Cidade. Se vê a cada dia na população que se aglomera nas ruas, nas empresas e lojas fechadas sendo substituídas pelo crescimento da informalidade, no empobrecimento generalizado e na ausência de bens e serviços públicos, especialmente na periferia metropolitana... poderá ser objetado que nada disso é novo; de fato; mas o risco é nos acostumarmos com essa realidade, como forma de sobrevivência cotidiana, sem nos darmos conta do maior de todos os perigos: que será de nossos filhos e netos? que futuro terão? O que estamos fazendo hoje com nossas crianças e jovens? E com as nossas mulheres, a cada dia mais atingidas por diferentes formas de uma violência crescente – seja doméstica, sexual, profissional... 

O que podemos – e devemos – fazer para mudar esse quadro? 

Como colocar nosso país no caminho do desenvolvimento, com crescimento econômico e inclusão social, com igualdade de oportunidades para homens e mulheres, índios, brancos e negros, jovens e idosos, estrangeiros que escolheram aqui residir; com uma indústria forte capaz de sustentar um crescimento vigoroso e sustentável; com uma justiça resolutiva; com serviços públicos e infraestrutura de qualidade, garantindo a preservação de nossas riquezas naturais e a qualidade de vida das futuras gerações de brasileiros e brasileiras.

Como enfrentar os desafios já conhecidos da desigualdade entre as pessoas; da pobreza; das ameaças ambientais agravadas pela miséria; da falta de condições dignas de vida e moradia; da violência urbana; da falta de uma educação de qualidade, que afeta a produtividade e a competitividade de nossos produtos; e o que dizer dos novos desafios trazidos por tecnologias disruptivas que subvertem processos produtivos, que exigem pessoas e empresas preparadas para lidar com o novo, com um futuro que já chegou, com a inteligência artificial, os robôs que ameaçam as oportunidades de emprego.... 

Mas esses e tantos outros desafios só poderão ser efetivamente enfrentados e vencidos, se forem conhecidos. 

Penso – e peço desculpas, Exmo sr.  Presidente, meus confrades e confreiras, por favor, me corrijam se estiver errada – penso que é precisamente aí que reside o papel de maior relevância para a nossa ANE: promover e fomentar a reflexão e análise da atual conjuntura, com base em evidências, com o uso da ciência e da informação para subsidiar o diagnóstico e um planejamento estratégico fundamental e decisivo para a construção de um futuro melhor para o Brasil e o povo brasileiro.

Assim, parabenizando a ANE pelos seus 75 anos, o nosso Presidente, os srs. confrades e confreiras, cumprimento os presentes, agradecendo mais uma vez a oportunidade que me foi concedida e fecho minha fala com a leitura do art.10 - § 6º do nosso Estatuto:

“A Academia crê que o conhecimento dos sintomas do progresso e da decadência, do crescimento socioeconômico e da estagnação, é a chave mestra das Ciências Econômicas, Políticas e Sociais. E que a ênfase comum que se dá nas demais ciências às categorias e à divisão do todo em pequenos grupos distintos não é válida porque as Ciências Econômicas, Políticas e Sociais fundem vários elementos distintos, com o sucesso de cada uma ficando na dependência da habilidade com que se faça a mistura.”

Muito obrigada!"



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